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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DISCURSO DE DILMA NA ONU

(Foto http://correiodobrasil.com.br




Por Mirian Leitão




Fonte http://g1.globo.com/


O discurso de Dilma Rousseff na ONU foi um discurso bonito, que começou e terminou falando das mulheres, o que foi importante. Estes foram os momentos em que ela foi mais aplaudida. No final, Dilma Rousseff lembrou que, como mulher que foi torturada no cárcere, ela tem compromissos com os direitos humanos, liberdade e justiça profundos. Esse ponto foi muito bonito.


O discurso foi denso e em alguns pontos previsível, o que é reflexo da política externa do Brasil, que não muda de um governo para o outro. O discurso trouxe algumas contradições, que são as contradições da diplomacia brasileira.


Dilma pediu, por exemplo, a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e usou um bom argumento: há 140 anos o Brasil vive em paz com seus vizinhos. Mas nas últimas vezes que teve chance de votar no Conselho de Segurança como membro rotativo, o Brasil se absteve. O Brasil se absteve, por exemplo, no caso da Líbia, sobre a Zona de Exclusão Aérea, o que foi fundamental para pôr fim à repressão brutal, que ela também criticou, na Líbia.


Para se ter uma ideia, ela sequer deu boas vindas ao governo líbio que está chegando, coisa que todos os outros fizeram. Ou seja, há essas contradições da política externa brasileira, que apareceram no discurso.


A presidente falou muito bem sobre a crise e deu o tom da gravidade dela, chamando-a de gravíssima. Ela falou que esta é uma crise sem precedentes, que pode provocar uma ruptura política e social. Ela criticou a falta de regulação dos mercados, o que disse ser uma fonte inesgotável de problemas para o mundo. Dilma disse também que o Brasil está preparado para participar desta ajuda internacional, mas quer que os países ricos façam suas partes.

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