Que a adolescência é uma fase difícil para os pais e filhos isto é algo sabido por todos nós.
Gostaria de tratar aqui sobre a difícil tarefa de determinar os
limites necessários na adolescência.
Muitos pais pensam que devem ser amigos dos filhos para melhor
entende-los. Este é um grande engano. Os filhos adolescentes precisam que os
pais ocupem o seu lugar de pais, e não de amigo. É natural que o adolescente se
incomode com esta atitude do pai "amigo", por que se sente perdido e
desorientado. Pois pais e amigos exercem funções diferentes.
É importante pensarmos que esta noção de limites vem desde a
infância. Se a criança não é contrariada quando pequena, e o "não" necessário é
dito sem convicção, não será na adolescência que irá aceitar os limites. Neste
período as coisas se tornam mais complexas.
O mais indicado é que a democratização das relações se dê desde
cedo, ensinando que têm direitos, mas também tem deveres.
Os pais devem estar atentos à tarefa de educar.
Na adolescência começar pelo diálogo é sempre o mais indicado.
Negociações são necessárias em algumas situações. Ouvir com atenção as
justificativas do adolescente também é muito importante para que ele faça o
mesmo, quando você for expor as suas. Não se deve esperar uma aceitação passiva
e completa deles as regras impostas. Questionar, protestar faz parte do
desenvolvimento normal da adolescência, que leva paulatinamente, a definição da
personalidade e por isso que a participação dos pais nesta fase da vida se faz
muito importante. Os pais darão as referências e noções nas qual o adolescente
pode orientar-se enquanto muitas coisas ainda lhe são indefinidas.
Algumas vezes os adolescentes tentarão burlar os combinados
feitos com os pais, e é ai que entra a necessidade de os pais estarem seguros e
firmes quanto ao que foi estabelecido.
É necessário se ter paciência, clareza da situação, muito amor
e esperança, acreditar neste jovem que ruma para a maturidade, num caminho que
não pode ser trilhado sozinho.
Rosângela Martins
Psicóloga
CRP 07/05917
Fonte: http://www.rosangelapsicologa.com/site_pagina.php?pg=textos&texto=29
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