A cerâmica marajoara é um tipo de cerâmica, fruto do trabalho das tribos indígenas da ilha de Marajó (PA), na foz do rio Amazonas, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 d.C., no Brasil.
O período de produção desta cerâmica tão sofisticada esteticamente é chamado de "fase marajoara", uma vez que existem sucessivas fases de ocupações na região, cada um delas com uma cerâmica característica.A fase marajoara é a quarta fase de ocupação da ilha.
Sucessivamente as fases de ocupação são:~~Fase Ananatuba (a mais antiga), a Fase Mangueiras, a Fase Formigas, a Fase Marajoara e a Fase Aruã. Destas cinco fases, a Fase Marajoara é a que apresenta a cerâmica mais elaborada, sendo reconhecida por sua sofisticação.
A cerâmica marajoara foi descoberta em 1871 quando dois pesquisadores visitavam a Ilha de Marajó, Charles Frederick Hartt e Domingos Soares Ferreira Penna. Hartt se impressionou tanto com o que viu que publicou um artigo em uma revista científica, revelando ao mundo a então desconhecida cultura marajoara.
Os estudos na ilha de Marajó sobre tal cerâmica e o povo que a confeccionou ganharam impulso a partir do fim da década de 1940, quando chegou à ilha o casal de pesquisadores americanos Betty Meggers e Clifford Evans.
Embora muitos estudos sobre a cerâmica já houvessem sido publicados até então, as pesquisas no local só ganharam força a partir desta data.
Alguns arqueólogos encontraram objetos de cerâmica em bom estado de conservação, realizados com destreza, tendo em conta as formas esguias e curvilíneas perfeitamente moldadas, e delicadamente decorados e pintados.
Tais objetos pertenceram à chamada "fase marajoara", um antigo povo da região amazônica.
Através de grandes pesquisas, pôde descobrir-se que os índios marajoaras levantavam suas casas sobre morros artificiais, construídos para proteger as casas de inundações.
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