AUGUSTO CURY
Você já se perguntou se pensamos o que queremos e quando queremos? Pense o pensamento, pense no que você pensa e em como pensa. Alguém pode questionar: “Sou livre em minha mente, meus pensamentos submetem a minha vontade”. Será?
O filósofo francês Jean-Paul Sartre defendeu uma das teses mais inteligentes da filosofia: o ser humano está condenado a ser livre.
Você acha que Sartre estava correto ou foi ingenuamente romântico ao defender essa tese? Se olharmos para o comportamento externo, não há dúvida de que Sartre estava correto. Por exemplo, um presidiário pode ter seu corpo confinado atrás das grades, mas sua mente é livre para pensar, fantasiar, sonhar, imaginar.
Se o seu Eu não for treinado para refletir sobre seus erros, a punição não será em hipótese alguma pedagógica.
Pelo contrário, os fenômenos que constroem cadeias de pensamentos farão uma leitura multifocal da memória ao longo de dias, meses e anos, construindo imagens mentais sobre fuga, túneis, abreviamento da pena; enfim, tudo para escapar de um cárcere mais grave que o cárcere físico: o cárcere da angústia, do tédio, da ansiedade asfixiante.
Meus amigos, quem construiu as prisões ao longo da história não estudou o processo de construção de pensamentos, não entendeu que a mente jamais pode ser aprisionada. Por que os ditadores, por mais brutais que sejam, por mais que controlem seu povo com mão de ferro, caem? Porque ninguém pode controlar a movimentação do Eu e seus anseios pela liberdade. Um bebê terá vontade de sair dos braços da mãe para explorar o ambiente. Um adolescente se arriscará a fazer novos amigos,
ainda que seja tímido. Uma pessoa marcada por uma fobia desviará do objeto fóbico; enfim, irá ao encontro da sua liberdade. Por esse ângulo, Sartre estava corretíssimo: o ser humano está condenado a ser livre. Um grande a abraço a todos, e um ótimo fim de semana.
fonte http://blog.augustocury.com.br/?p=230
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