Show pela vida reúne diferentes crenças na Cidade da Fé
Por amandda em 23/07/2013
Com o intuito de promover a vida, da concepção até a morte natural, a cantora Elba Ramalho convidou mais de 20 cantores de diferentes religiosidades para lançar o Vida in Concert, na noite desta segunda-feira (22) na Cidade da Fé, onde acontecem simultaneamente com a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes.
A cantora e idealizadora do projeto estava feliz pelo resultado do evento, que seguirá por todo o país nos próximos meses. “É uma alegria imensa pelo Santo Padre estar no nosso país e chegar justamente no dia do Vida in Concert. Agradeço também por cada um desses amigos que aceitou o convite, gratuitamente, e veio cantar comigo, exaltar nosso Senhor, falar da vida, como algo precioso e sublime, e isso é muito importante”, destacou.
No palco Bote Fé, Elba cantou ao lado de Geraldo Azevedo, Tânia Mara, Rafael Almeida, Toni Garrido, Felipe Dylon, Celina Borges, Pe. Reginaldo Manzotti, Amorosa, Ziza Fernandes, Aline Ventura, Pe. Gleuson Gomes, o chileno Francisco Avello, Tony Alisson, Zezé Luz, Db Júnior, que é evangélico, Anjos de Resgate, Pe. Omar Raposo, Dunga e a Banda Encantos, composta por jovens de diferentes crenças.
O espetáculo emocionou o público por mais de quatro horas. Havia jovens, famílias e idosos. Karla da Costa Seabra, psicóloga, foi à festa com o esposo e dois filhos, de 8 e 2 anos. Para ela, o mundo perdeu os valores nos últimos tempos, e faltam eventos assim, para reanimar os jovens na defesa da vida. “Deus nos criou por amor e não temos o direito de tirar essa vida. Por isso, trouxe meus filhos, é preciso ensinar desde cedo a importância do amor ao próximo, mesmo que seja um feto ou um doente”, disse. Durante o show, o público recebeu uma miniatura de um bebê com 12 semanas de gestação e um folder com todas as informações científicas sobre o desenvolvimento embrionário humano.
O nome “Vida In Concert” nasceu em 2012 e foi criado em uma reunião de movimentos pró-vida, afirma Maria José da Silva, coordenadora geral do show e diretora de relações institucionais do Instituto Eu Defendo. Segundo ela, o show vem para celebrar a vida em plenitude. “Precisávamos combater a cultura da morte com o valor da vida. Tudo começou do desejo de unir todos os movimentos pró-vida, podendo trazer também pessoas de outras religiões para participar”, disse.
Cantores exaltam a vida
Durante o show, todos que subiam ao palco deixavam uma mensagem aos jovens a favor da vida. A artista Tânia Mara cantou Romaria, a mesma canção que interpretou pela primeira vez na vida, aos 9 anos, em um festival de música. Ela, que é mãe e devota de Nossa Senhora Aparecida, se sentiu privilegiada ao ser convidada para a festa. “O mundo inteiro precisa de paz. São esses jovens que farão o futuro do nosso país e já estão fazendo muita diferença na transformação do país. Estes eventos engrandecem e aumentam a fé de cada um. O direito a vida é de todos, e não consigo entender o aborto. Estou nessa mesma luta que todos”.
“A igreja canta pela vida”, disse Eraldo Mattos, do Anjos de Resgate. Para ele, a presença do Papa Francisco na cidade tornou o evento ainda mais especial. “Não foi o Anjos de Resgate que tocou, e sim o mundo inteiro”.
O vocalista da Banda Cidade Negra, Toni Garrido, cresceu dentro da Igreja, e participava dos grupos da renovação carismática. Ele interpretou três canções no palco, e todas ele cantava na igreja quando era jovem: Pai Nosso, Missão e Deus está aqui, na qual dividiu o palco com a cantora católica Ziza Fernandes.
Unidade da diversidade
Para representar a importância da defesa da vida, não apenas entre os católicos, a Banda Encantos foi convidada para participar do show. O grupo é formado por 18 jovens de Iporá, interior do Goiás, de diversas crenças: católicos, evangélicos, espíritas e até, ateus.
Miltim Jr, um dos integrantes da banda, conta que o grupo começou com o objetivo de ajudar o próximo. “Todos são importantes, cada um com o que acredita. Somos um grupo social, unimos nossas diferenças para ajudar quem precisa”.
O presidente da Comissão da Juventude na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Eduardo Pinheiro, enfatizou a importância do evento para os jovens, de todas as religiões. “A vida é parte da juventude e a juventude faz parte da vida. Precisamos pensar no agora, no hoje. O jovem de hoje é a família de amanhã. E todos nós queremos uma vida plena. Não há vida sem fé, por isso, com a esperança de cada jovem poderemos cada vez mais valorizar a vida de cada um como a Igreja pede, de sua concepção a morte natural”, concluiu.
A seguir, entrevista exclusiva da cantora Elba Ramalho para o Jovens Conectados
Você está se surpreendendo com a atitude do jovem?
Sim, todos estão em clima de festa, e temos de festejar mesmo. O amor, a vida, a alegria, a paz. Quem está com Deus, vive em paz e não tem motivos para ser triste.
Elba, como você começou a atuar em defesa da vida?
Na Jornada Mundial da Juventude passada, em Madri, fui me confessar com um sacerdote e lhe perguntei qual era minha missão. Ele me disse que Deus me iria revelar isso em breve. Aí, saindo de lá, encontrei um outro padre, polonês, que me reconheceu como cantora. Ele me deu um terço, em que cada conta tinha uma imagem de uma criança e disse que admirava meu trabalho na igreja. Desde então sempre o uso no pescoço para cantar. Mas, desde então, entendi aquilo como um chamado, e passei a lutar de maneira mais concreta pela vida.
Você imagina que a gente terá uma cara diferente no Brasil depois da JMJ?
Tenho certeza que sim. E espero que o mundo inteiro receba esse amor que o Papa Francisco trouxe para o nosso país. E que as outras religiões tenham consciência disso também, pois Deus é um só.
O que você diria aos jovens católicos que participam da JMJ no Rio de Janeiro?
Preste atenção, sem Deus não vamos a lugar nenhum. Quando a gente é jovem, a gente se arrisca a ser dono do nosso destino, da nossa verdade. Compramos tudo que nos vendem. Então, no mundo de hoje, onde o mal tem uma atuação permanente, e o inimigo de Deus sempre nos atormenta, atropela, vicia, prova confusão, abortos, desordem nas famílias, o jovem cristão precisa de muita consciência e de se posicionar. Não é buscar conversão daqui a 10 anos, quando estiver velho. Ninguém se converte de um dia para o outro, e sim de maneira gradativa. Devemos buscar o auto-conhecimento, saber nossa missão. Viemos para servir a Deus, cuidar da natureza e do próximo, da vida. E só alcançamos tudo isso pela oração, pela fé e pela prática de Deus. É preciso buscá-Lo em cada segundo da nossa vida.
Digo isso porque atravessei minha juventude e adolescência buscando, e, só agora, aos 60 anos, compreendo minha missão, porquê vim a terra e para onde vou. A conversão leva tempo, mas é necessária. Jovens, aproveitem essa semana da Jornada Mundial, ela é propícia, todos estão rezando, unidos pelo mesmo ideal de amor e de fé, de esperança e caridade. Tudo isso nos leva a um futuro melhor, para o mundo inteiro
Por Amandda Souza / Jovens Conectados
Com o intuito de promover a vida, da concepção até a morte natural, a cantora Elba Ramalho convidou mais de 20 cantores de diferentes religiosidades para lançar o Vida in Concert, na noite desta segunda-feira (22) na Cidade da Fé, onde acontecem simultaneamente com a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes.
A cantora e idealizadora do projeto estava feliz pelo resultado do evento, que seguirá por todo o país nos próximos meses. “É uma alegria imensa pelo Santo Padre estar no nosso país e chegar justamente no dia do Vida in Concert. Agradeço também por cada um desses amigos que aceitou o convite, gratuitamente, e veio cantar comigo, exaltar nosso Senhor, falar da vida, como algo precioso e sublime, e isso é muito importante”, destacou.
No palco Bote Fé, Elba cantou ao lado de Geraldo Azevedo, Tânia Mara, Rafael Almeida, Toni Garrido, Felipe Dylon, Celina Borges, Pe. Reginaldo Manzotti, Amorosa, Ziza Fernandes, Aline Ventura, Pe. Gleuson Gomes, o chileno Francisco Avello, Tony Alisson, Zezé Luz, Db Júnior, que é evangélico, Anjos de Resgate, Pe. Omar Raposo, Dunga e a Banda Encantos, composta por jovens de diferentes crenças.
O espetáculo emocionou o público por mais de quatro horas. Havia jovens, famílias e idosos. Karla da Costa Seabra, psicóloga, foi à festa com o esposo e dois filhos, de 8 e 2 anos. Para ela, o mundo perdeu os valores nos últimos tempos, e faltam eventos assim, para reanimar os jovens na defesa da vida. “Deus nos criou por amor e não temos o direito de tirar essa vida. Por isso, trouxe meus filhos, é preciso ensinar desde cedo a importância do amor ao próximo, mesmo que seja um feto ou um doente”, disse. Durante o show, o público recebeu uma miniatura de um bebê com 12 semanas de gestação e um folder com todas as informações científicas sobre o desenvolvimento embrionário humano.
O nome “Vida In Concert” nasceu em 2012 e foi criado em uma reunião de movimentos pró-vida, afirma Maria José da Silva, coordenadora geral do show e diretora de relações institucionais do Instituto Eu Defendo. Segundo ela, o show vem para celebrar a vida em plenitude. “Precisávamos combater a cultura da morte com o valor da vida. Tudo começou do desejo de unir todos os movimentos pró-vida, podendo trazer também pessoas de outras religiões para participar”, disse.
Cantores exaltam a vida
Durante o show, todos que subiam ao palco deixavam uma mensagem aos jovens a favor da vida. A artista Tânia Mara cantou Romaria, a mesma canção que interpretou pela primeira vez na vida, aos 9 anos, em um festival de música. Ela, que é mãe e devota de Nossa Senhora Aparecida, se sentiu privilegiada ao ser convidada para a festa. “O mundo inteiro precisa de paz. São esses jovens que farão o futuro do nosso país e já estão fazendo muita diferença na transformação do país. Estes eventos engrandecem e aumentam a fé de cada um. O direito a vida é de todos, e não consigo entender o aborto. Estou nessa mesma luta que todos”.
“A igreja canta pela vida”, disse Eraldo Mattos, do Anjos de Resgate. Para ele, a presença do Papa Francisco na cidade tornou o evento ainda mais especial. “Não foi o Anjos de Resgate que tocou, e sim o mundo inteiro”.
O vocalista da Banda Cidade Negra, Toni Garrido, cresceu dentro da Igreja, e participava dos grupos da renovação carismática. Ele interpretou três canções no palco, e todas ele cantava na igreja quando era jovem: Pai Nosso, Missão e Deus está aqui, na qual dividiu o palco com a cantora católica Ziza Fernandes.
Unidade da diversidade
Para representar a importância da defesa da vida, não apenas entre os católicos, a Banda Encantos foi convidada para participar do show. O grupo é formado por 18 jovens de Iporá, interior do Goiás, de diversas crenças: católicos, evangélicos, espíritas e até, ateus.
Miltim Jr, um dos integrantes da banda, conta que o grupo começou com o objetivo de ajudar o próximo. “Todos são importantes, cada um com o que acredita. Somos um grupo social, unimos nossas diferenças para ajudar quem precisa”.
O presidente da Comissão da Juventude na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Eduardo Pinheiro, enfatizou a importância do evento para os jovens, de todas as religiões. “A vida é parte da juventude e a juventude faz parte da vida. Precisamos pensar no agora, no hoje. O jovem de hoje é a família de amanhã. E todos nós queremos uma vida plena. Não há vida sem fé, por isso, com a esperança de cada jovem poderemos cada vez mais valorizar a vida de cada um como a Igreja pede, de sua concepção a morte natural”, concluiu.
A seguir, entrevista exclusiva da cantora Elba Ramalho para o Jovens Conectados
Você está se surpreendendo com a atitude do jovem?
Sim, todos estão em clima de festa, e temos de festejar mesmo. O amor, a vida, a alegria, a paz. Quem está com Deus, vive em paz e não tem motivos para ser triste.
Elba, como você começou a atuar em defesa da vida?
Na Jornada Mundial da Juventude passada, em Madri, fui me confessar com um sacerdote e lhe perguntei qual era minha missão. Ele me disse que Deus me iria revelar isso em breve. Aí, saindo de lá, encontrei um outro padre, polonês, que me reconheceu como cantora. Ele me deu um terço, em que cada conta tinha uma imagem de uma criança e disse que admirava meu trabalho na igreja. Desde então sempre o uso no pescoço para cantar. Mas, desde então, entendi aquilo como um chamado, e passei a lutar de maneira mais concreta pela vida.
Você imagina que a gente terá uma cara diferente no Brasil depois da JMJ?
Tenho certeza que sim. E espero que o mundo inteiro receba esse amor que o Papa Francisco trouxe para o nosso país. E que as outras religiões tenham consciência disso também, pois Deus é um só.
O que você diria aos jovens católicos que participam da JMJ no Rio de Janeiro?
Preste atenção, sem Deus não vamos a lugar nenhum. Quando a gente é jovem, a gente se arrisca a ser dono do nosso destino, da nossa verdade. Compramos tudo que nos vendem. Então, no mundo de hoje, onde o mal tem uma atuação permanente, e o inimigo de Deus sempre nos atormenta, atropela, vicia, prova confusão, abortos, desordem nas famílias, o jovem cristão precisa de muita consciência e de se posicionar. Não é buscar conversão daqui a 10 anos, quando estiver velho. Ninguém se converte de um dia para o outro, e sim de maneira gradativa. Devemos buscar o auto-conhecimento, saber nossa missão. Viemos para servir a Deus, cuidar da natureza e do próximo, da vida. E só alcançamos tudo isso pela oração, pela fé e pela prática de Deus. É preciso buscá-Lo em cada segundo da nossa vida.
Digo isso porque atravessei minha juventude e adolescência buscando, e, só agora, aos 60 anos, compreendo minha missão, porquê vim a terra e para onde vou. A conversão leva tempo, mas é necessária. Jovens, aproveitem essa semana da Jornada Mundial, ela é propícia, todos estão rezando, unidos pelo mesmo ideal de amor e de fé, de esperança e caridade. Tudo isso nos leva a um futuro melhor, para o mundo inteiro
Por Amandda Souza / Jovens Conectados
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