O primeiro desafio para o aperfeiçoamento do desempenho urbano das cidades brasileiras, na busca por
torná-las mais justas, humanas e democráticas, é saber como estabelecer uma relação de cumplicidade
entre o cidadão e a sua cidade.
O planejamento e gestão municipal devem ser concebidos, fundamentalmente, como um processo polí-
tico, onde as decisões devem ser buscadas de forma democrática e participativa. Neste processo decisó-
rio é imprescindível reconhecer que o planejamento das cidades não está restrito ao ordenamento territorial, no uso e ocupação do solo, mas inclui o bem-estar da população que nele habita. Com este
entendimento é que a gestão urbana estará orientada para buscar qualidade de vida e novos parâmetros
de sustentabilidade emocional, traduzidos por índices que meçam a produtividade, prosperidade e felicidade do cidadão.
A cidade não é propriedade particular nem responsabilidade isolada do prefeito, dos vereadores ou de
órgãos e entidades que detenham o poder político ou econômico. Ela é patrimônio e responsabilidade de
todos os que aí vivem. Cada cidadão tem direitos e deveres a serem respeitados, que precisam ser claramente determinados de forma coletiva, contemplados no planejamento urbano, para que os interesses
da sociedade sejam reconhecidos, valorizados e permeiem as ações de melhoria de qualidade de vida.
Em outras palavras, o Novo Modelo de Gestão Urbana reconhece que os cidadãos são senhores do seu
destino. Nesse ambiente, a cultura de participação se consolidará.
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