(Foto - crédito Celina Missura)
Frei Betto
Pai-nosso que estais no céu, e sois nossa Mãe na Terra, criador da aurora boreal e dos olhos enamorados que enternecem o coração. Senhor avesso ao moralismo desvirtuado. Santificado seja o vosso nome gravado nos girassóis de imensos olhos de ouro, no enlaço do abraço e no sorriso cúmplice,
Venha a nós o vosso Reino para saciar-nos a fome de beleza e semear partilha onde há acúmulo, alegria onde irrompeu a dor.
Seja feita a vossa vontade nas sendas desgovernadas de nossos passos, nos rios profundos de nossas intuições, na respiração ofegante dos aflitos,Assim na Terra como no céu, e também no âmago da matéria escura e na garganta abissal dos buracos negros, nos arsenais da hipocrisia e nos cárceres que congelam vidas.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e também o vinho inebriante da mística alucinada, a coragem de dizer não ao próprio ego.
Perdoai as nossas ofensas e dívidas, a altivez da razão e a acidez da língua, a cobiça desmesurada e a máscara a encobrir-nos a identidade, a indiferença ofensiva e a reverencial bajulação.
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e aos nossos devedores, aos que nos esgarçam o orgulho e imprimem inveja em nossa tristeza de não possuir o bem alheio,
E não nos deixeis cair em tentação frente ao porte suntuoso dos tigres de nossas cavernas interiores, às serpentes atentas às nossas indecisões, aos abutres predadores da ética.
Mas livrai-nos do mal, do desalento, da desesperança, do ego inflado e da vanglória insensata e da flacidez do caráter, da noite desenluada de sonhos e da obesidade de convicções inconsúteis.
Amemos.
Texto: Frei Betto, autor de “Diário de Fernando - nos bastidores da ditadura brasileira”.
Pai-nosso que estais no céu, e sois nossa Mãe na Terra, criador da aurora boreal e dos olhos enamorados que enternecem o coração. Senhor avesso ao moralismo desvirtuado. Santificado seja o vosso nome gravado nos girassóis de imensos olhos de ouro, no enlaço do abraço e no sorriso cúmplice,
Venha a nós o vosso Reino para saciar-nos a fome de beleza e semear partilha onde há acúmulo, alegria onde irrompeu a dor.
Seja feita a vossa vontade nas sendas desgovernadas de nossos passos, nos rios profundos de nossas intuições, na respiração ofegante dos aflitos,Assim na Terra como no céu, e também no âmago da matéria escura e na garganta abissal dos buracos negros, nos arsenais da hipocrisia e nos cárceres que congelam vidas.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e também o vinho inebriante da mística alucinada, a coragem de dizer não ao próprio ego.
Perdoai as nossas ofensas e dívidas, a altivez da razão e a acidez da língua, a cobiça desmesurada e a máscara a encobrir-nos a identidade, a indiferença ofensiva e a reverencial bajulação.
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e aos nossos devedores, aos que nos esgarçam o orgulho e imprimem inveja em nossa tristeza de não possuir o bem alheio,
E não nos deixeis cair em tentação frente ao porte suntuoso dos tigres de nossas cavernas interiores, às serpentes atentas às nossas indecisões, aos abutres predadores da ética.
Mas livrai-nos do mal, do desalento, da desesperança, do ego inflado e da vanglória insensata e da flacidez do caráter, da noite desenluada de sonhos e da obesidade de convicções inconsúteis.
Amemos.
Texto: Frei Betto, autor de “Diário de Fernando - nos bastidores da ditadura brasileira”.
3 comentários:
Quisiera entender cada palabra de este Padre Nuestro, pero se que me quedaré corta siempre.
Te dejo un saludo cariñoso
Olá querida vc sempre com suas belas poesias... bom fim de semana bjkas
Tradução do português para espanhol
Frei Betto
Padre nuestro que estás en el cielo, y tú eres nuestra Madre Tierra, creador de la aurora boreal y los ojos de un enamorado que se derriten el corazón. Señor moralidad distorsionada aversión. Santificado sea tu nombre grabado en los girasoles de enormes ojos dorados, en otorgar el abrazo y la sonrisa cómplice
Venga a nosotros tu reino para saciar el hambre de belleza y sembrar la división donde hay acumulación, donde la alegría estalló el dolor.
Hágase tu voluntad en las vías de nuestros pasos fuera de control en los ríos profundos de nuestras intuiciones, el jadeo de los afligidos, en la tierra como en el cielo, y también en el núcleo de la materia oscura y el cañón abismal de un agujero negro, en los arsenales de la hipocresía y las prisiones que vive congelar.
El pan de cada día nos da hoy en día, y también el vino embriagador de la mística chispas, el coraje de decir no al ego.
Perdónanos nuestros pecados y las deudas, la arrogancia de la razón y la acidez de la lengua, y la máscara de la codicia desmesurada para ocultar la identidad de nosotros, la indiferencia y la adulación ofensiva reverencial.
Como nosotros perdonamos a los que nos ofenden y nuestros prestatarios, a la batalla en la que el orgullo y la envidia en nuestra tristeza de impresión de no tener el bien de los demás,
Y no nos dejes caer en la tentación contra el interior posesión Tigres suntuosa de nuestras cuevas, las serpientes atentas a nuestras indecisiones, los buitres depredadores de la ética.
Mas líbranos del mal de la desesperación, la desesperanza, el ego inflado y la vanagloria tonta y la laxitud de carácter, desenluada noche de sueños y convicciones inconsúteis obesidad.
El amor.
Postar um comentário