
(Foto - crédito Celina Missura)
(Autora: Celina Missura - Psicóloga Clínica)
O problema de jovens e adolescentes envolvidos com drogas é encontrado em todas as classes sociais. Para uma classe há mais possibilidade de internação, acompanhamento, terapia, tolerância, e para a classe menos favorecida, muitas vezes, o que resta é a prisão, abandono, marginalidade e preconceito.
Assim a diferença de como encaramos a situação é algo gritante. Para o jovem de classe média/ alta, o problema é “doença”. Para o jovem de classe baixa o problema é “criminal” e vibramos diante dos programas televisivos quando mais um é preso ou assassinado pela polícia ou entre si. Em determinados acontecimentos somos tolerantes demais, em outros, somos irracionais e o que aparece não é a nossa contribuição para resolver o problema, mas nossos princípios moralistas. Infelizmente!
No entanto, somos passivos diante das drogas lícitas, e muitos de nós, somos usuários e dependentes. A droga mais consumida no Brasil é o tabaco e o álcool. Sua venda está disponibilizada em qualquer esquina e ao alcance de crianças e adolescentes.
Para reverter o quadro de dependência, o passo mais importante é a decisão e o querer do indivíduo. Sem sua força de vontade e determinação o tratamento fica muito difícil. Junto à sua vontade de se recuperar vem o apoio da família. Mesmo assim, o risco de recaída e abandono do tratamento é muito alto. Portanto, somos convidados a fazer um exame de consciência sobre nossas atitudes em relação às drogas lícitas e diante de um dependente químico: nunca nos aproximar dele mostrando preocupação com a droga em si, mas com ele porque o amamos.
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