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domingo, 26 de junho de 2011

FESTIVAL FOLCLORICO DE PARINTINS: BOI BUMBÁ

(Foto: televisao.uol.com.br)






O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.




O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas agremiações, o
Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local



O festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa como a quadra da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede. Até que em 1987, o governador Amazonino foi assistir o festival, no mesmo local onde é o Bumbódromo, mas era um tablado. Ele gostou tanto da festa que prometeu construir um local do tamanho que o festival merecia e, no ano seguinte, em 1988, inaugurava o Bumbódromo[1].


O primeiro festival
Em 1965 aconteceu o primeiro Festival Folclórico de Parintins, criado por
Raimundo Muniz [carece de fontes?], mas não houve participação dos bumbás. A primeira disputa veio no segundo Festival.
[
editar] Componentes do festival




Música
A música, que acompanha durante todo o tempo, é a
toada, acompanhada por um grupo de mais de 400 ritmistas.
Os dois Bois dançam e cantam por um período de três horas, com ordem de entrada na arena alternada em cada dia. As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da
floresta amazônica. Muitas das toadas incluem também sons da floresta e canto de pássaros.

Ritual
O ritual dos Bumbás mostra a lenda de
Pai Francisco e Mãe Catirina que conseguem, com a ajuda do Pajé, fazer renascer o boi do patrão. Conta a lenda que Mãe Catirina, grávida, deseja comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão.

Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, um padre e um médico são chamados (o pajé, na tradição indígena) e o boi ressuscita. Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados e há uma grande comemoração.

Personagens da festa

Boi Caprichoso, o boi azul de Parintins.

Paulinho Faria apresentou o Garantido por 26 anos.
Apresentador
A ópera do Boi tem um apresentador oficial, que comanda todo o espetáculo. O levantador de toadas faz a trilha sonora e dá um show de interpretação, transmitindo empolgação à sua galera (Festival (torcida).


Levantador de toadas
Todas as músicas que fazem a trilha sonora das apresentações são interpretadas pelo
levantador de toadas. Trata-se de uma figura importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua interpretação não só valem pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes. David Assayag e o mais reconhecido levantador do festival.


Amo do Boi
O
Amo do Boi, com seu jeito caboclo, exalta a originalidade e a tradição do nosso folclore, fazendo soar o berrante e tirando o verso em grande estilo. É a chamada do Boi, que vem para bailar.

Sinhazinha da Fazenda
É a filha do dono da fazenda, que se apresenta na arena dando sal pro boi.
Figuras Típicas Regionais e Lendas Amazônicas
Fazem aflorar os sentimentos de amor e paixão. Alegorias gigantes se movimentam. Coreografias e fantasias originais, com luz teatral e fogos, dão um brilho especial ao espetáculo.





Porta Estandarte, Rainha do Folclore e Cunhã-Poranga
Dão um banho de charme, beleza e simpatia. E na sequência, o grande mito feminino do nosso folclore:
Cunhã Poranga! A moça mais bela da tribo dá um show de magia, irradiando toda a sua beleza nativa, de olhar selvagem, com seu lindo corpo emoldurado de penas. Aparece aqui o elemento indígena, incorporado à festa do Boi no folclore amazônico.
Tribos
Dezenas de Tribos Masculinas e Femininas, com suas cores vibrantes, compõem um cenário tribal delirante, de coreografias deslumbrantes. Os
Tuxauas Luxo e Originalidade são um primor de beleza.

Ritual
No apogeu da apresentação, acontece o Ritual, uma dramatização teatral comovente, culminando sempre com a mágica e misteriosa intervenção do
Pajé, o poderoso curandeiro e temido feiticeiro, que faz a dança da pajelança. É a grande apoteose da noite.

Galera
A galera (torcida) dá um show à parte. Enquanto um Boi se apresenta, sua galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado. Do outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais absoluto silêncio, num exemplo de cordialidade, respeito e civilidade.

Jurados
Os jurados são sorteados na véspera do Festival e todos vêm de outros estados. Pela proximidade, pessoas do norte são vetadas. O requisito é ser estudioso da arte, da cultura e do folclore brasileiro. Mais de 20 itens são julgados, à luz de um regulamento simples, claro e preciso.


Quem visita Parintins, fica encantado com a arte indígena, uma das temáticas da festa e com a culinária do local. O grande atrativo, porém, é o Festival Folclórico. É nessa época do ano que a população da cidade praticamente dobra.




Um comentário:

Anônimo disse...

Como a cultura brasileira é diversificada e rica!
Oarabéns pelo blog

Manuel - Amazonas