Mitologia Grega:
P s i q u ê
Na mitologia grega, mortal que
tornou-se deusa do amor e que mudou a ênfase da história mitológica anterior a
sua existência. Filha de um rei cujo nome é desconhecido, antes dela, os demais
heróis da mitologia agiam todos por motivos de ordem patriarcal: poder,
conquista, civilização, cultura, etc.
O mito, narrado no livro O Asno de
Ouro de Apuléio, conta que de tão bela despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do amor, pois as
pessoas deixaram de prestar culto regular a deusa da divina beleza para admirar
a extraordinária formosura de simples mortal.
A deusa teve um acesso de raiva e
pediu a seu filho Eros, deus grego do amor,
também conhecido como Cupido, que usasse suas
flechas encantadas para que a mortal se apaixonasse pela criatura mais
desprezível do mundo. Ele a encontrou enquanto ela dormia e ficou tão encantado
por sua beleza que, acidentalmente, aranhou a si mesmo com a flecha e se
apaixonou por ela. Levou-a dali para bem longe, para um maravilhoso palácio e,
apaixonado, disse à sua mãe que finalmente ela estava livre da rival. Sem
nenhuma ajuda visível, todos os desejos da princesa eram cumpridos enquanto ele
ia visitá-la todas as noites.
Durante muito tempo, ela não havia olhado para o
seu marido, pois este lhe tinha proibido de olhá-lo, uma vez que intimamente ele
queria que o amasse, como humano, e não como um deus. Mas a curiosidade
finalmente se apoderou dela e uma noite, enquanto ele dormia, ela ascendeu uma
lâmpada e iluminou seu rosto para vê-lo. Espantada e admirada com a beleza de
seu marido, desastradamente deixou cair uma gota de óleo quente sobre ele.
Percebendo que fora traído, Eros enlouqueceu
e sem pronunciar uma palavra, abriu suas belas asas e voou pela janela afora. O
palácio e tudo o que ele continha desapareceu e ela, desesperada com seu erro,
vagou dias e noites, sem comer e sem dormir, procurando seu amado, enquanto ele
estava preso no quarto da mãe por causa de sua ferida. Afrodite, descobrindo que fora enganada e mantendo
Eros sob seus cuidados, decide ela mesmo
atacar. Prometendo-lhe ser a única maneira de recuperar o amor de Eros, impôs à princesa uma série de tarefas,
esperando que delas nunca se desincubisse, ou que tanto esforço se desgastasse
que perdesse a beleza.
Então surge a lenda dos Quatro Trabalhos de
Psiquê: A separação dos grãos, A lã de ouro, As águas da
nascente do Rio Estige e A beleza de Perséfone. Depois de
muitas atribulações, com a ajuda de outros deuses e para desespero de Afrodite, ela conseguiu realizar as tarefas
julgadas impossíveis e sem perder sua beleza. Eros já curado de sua queimadura vai ao socorro de
sua amada, e dirigiu-se ao Olimpo para pedir a Zeus que os unisse em casamento. Zeus mandou Hermes buscar a jovem à sua presença e deu-lhe de
beber a ambrosia, que lhe conferiu o dom da imortalidade. Depois
declarou-a oficialmente para sempre esposa de Eros, tornando impotente o ciúme de Afrodite.
Dessa união, a união do amor e da
alma, pois psiquê significa alma, nasceu Volúpia.
Figura copiada do blog de RODRIGO
BRUNO:
http://rodrigobruno.wordpress.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário