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O mês de maio traz data muito especial para os Assistentes Sociais: o dia 15,
quando se comemora o seu dia 15, quando se comemora o seu dia e marca a
profissão desde o seu nascimento. Em 15 de maio de 1891, o Papa Leão XIII
publicava a Encíclica "Rerum Novarum", apresentando ao mundo católico os
fundamentos e as diretrizes da Doutrina Social da Igreja.
Era a primeira Encíclica Social já escrita por um Papa e, arcava o posicionamento da Igreja
frente aos Graves problemas sociais que dominavam as sociedades européias.
Para os assistentes sociais europeus, a Encíclica publicada naquele dia 15 de maio,
trazia um conteúdo muito especial. Atônitos frente à complexidade dos problemas
existentes e teoricamente fragilizados em conseqüência de sua formação ainda
bastante precária, aqueles profissionais assumiam o documento e os ensinamentos
ali contidos, como base fundamental de seu trabalho.
E desse modo se aproximavam
cada vez mais da Igreja Católica européia que. por sua vez, assumia
progressivamente a sua liderança sobre o enfoque das práticas sociais daqueles
profissionais.
No Brasil, o Serviço Social foi criado em 1936, a partir das
iniciativas dos grandes líderes da Igreja Católica no País, inspirados na
Doutrina Social da Igreja então enriquecida por uma nova Encíclica Social: a
"Quadragésimo Ano" redigida pelo Papa Pio XI e publicada no dia 15 de maio de
1931 em comemoração aos quarenta anos da Rerum Novarum.
E, desse modo, gestada no seio da prática da "Ação Social Católica", ou simplesmente "Ação Católica" - no Brasil a profissão cresceu sob a liderança da Igreja e, até o início dos anos
60, recebeu a influência direta e decisiva da sua "Doutrina Social".
Mas, o fato de sabermos que o dia "15 de maio" é uma homenagem à publicação da "Rerum
Novarum" - documento que embalou a profissão em berço e lhe sustentou a vida -
não esgota o assunto em pauta.
Quem determinou que assim o fosse? É uma data
comemorada apenas por assistentes sociais brasileiros? Estas são algumas
perguntas que na literatura encontrada, bem como nos contatos estabelecidos na
fase preparatória desse artigo, não responderam a estas indagações.
Cabe, portanto, aos assistentes sociais interessados na história profissional, se
embrenhem pelos caminhos da pesquisa em busca dessas respostas e de outras
relativas ao tema. Cabe a nós, assistentes sociais, conhecer o passado e
construir a memória da nossa profissão.
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