Psiquiatra liga massacre a "cultura da violência" Sérgio Felipe de Oliveira alega que estimulação da violência incentiva casos como o de Realengo
Texto - FONTE: Jornal Jovem Pan - Nilson César
O Brasil está chocado com a tragédia na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, com o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, abrindo fogo contra os estudantes que chegavam para o turno da manhã, matando 11 pessoas (dez meninas e um menino) e ferindo outras 17 antes de ser baleado por um policial militar e se suicidar.Nílson César e Patrick Santos entrevistaram o psiquiatra e neurocientista Sérgio Felipe de Oliveira, que analisou as causas que levaram o rapaz a atirar indiscriminadamente.
Sérgio Felipe disse que “a formação da nossa consciência é traduzida, também, por aquilo que a sociedade sustenta. Se a sociedade sustenta a violência, através da televisão, dos videogames, do comportamento social violento”, a mentalidade de parte da população será a mesma.Mentes frágeis, continuou, acabarão aceitando a cultura da violência, razão pela qual é fundamental a “paz no lar”, o uso de drogas e álcool, a “inconsequência que a nossa sociedade está levando”.
A fabricação de armas, pontuou ele, indica a utilização das mesmas, sendo o exemplo os Estados Unidos. O psiquiatra salientou ainda que os problemas de comportamento de Wellington poderiam ter sido percebidos dentro do colégio.A escola, de acordo com Sérgio Felipe, “precisa pensar, e não só ensinar aquilo que é a técnica do conhecimento”.
As instituições de ensino devem diagnosticar, no início da caminhada letiva, quais são os alunos que precisam de mais atenção, algo que poderia impedir problemas futuros, com a correção de “tendências”.
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