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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CULTO AOS MORTOS


Culto aos Mortos


Celina Missura

Ronildo da Silva




O culto aos mortos remonta às origens do próprio homem e sempre esteve presente nas grandes religiões. Inicialmente, estava ligado aos cultos agrários e de fertilidade. Os antigos acreditavam que, como as sementes, os mortos eram enterrados com vistas ao próprio renascimento.


Sentimento universal

Segundo a professora e psicóloga Maria Helena Bromberg (Puc-SP), “a morte é um grande desorganizador cultural e a cultura encontra respostas por meio de rituais”.

A visita ao cemitério, após o sepultamento de um familiar, passa a ser uma necessidade humana na elaboração do luto e é uma referência afetiva. No cemitério estão depositadas as lembranças, histórias, saudades daqueles que se foram. Portanto, ele se torna culturalmente um espaço significativo, que garante a perpetuação da memória do ente querido, anima a fé, suscita reflexões e questionamentos existenciais, conforta.
Além disso, os cemitérios guardam verdadeiras obras de arte a céu aberto.


O cemitério cristão

A peregrinação até ao cemitério (“campo santo” para muitos) confirma a promessa de fé na ressurreição e a garantia de que, aqueles que morreram, continuam vivos pela força da ressurreição de Jesus. Nele, especialmente no dia de finados, encontramos alguns símbolos muito utilizados por nós, cristãos, tais como: velas, flores, cruzes.

O sentido das velas é muito rico e está ligado ao nosso batismo e, conseqüentemente, ao nosso ingresso à fé, crença no projeto de Jesus Cristo. Quando fomos batizados, nossos pais e padrinhos receberam do celebrante uma vela e, no momento do batismo, eles disseram: “Receba a Luz de Cristo!”. A partir de então,  fomos inseridos na comunidade e nos tornamos herdeiros da fé. Assim, quando acendemos velas para nossos entes queridos, que já partiram, estamos reafirmando nossa própria fé e a esperança na vida eterna, assim como, acreditamos que eles já gozam e brilham na eternidade.
As flores têm outro simbolismo. Expressam variados sentimentos, a começar pela dor, por causa da perda (distância) do ente querido, saudade e, conseqüentemente, muita tristeza.  E, ao mesmo tempo, elas simbolizam também carinho, alegria, saudade e esperança de que um dia vamos nos reencontrar na vida eterna.

Sobre os túmulos, ou fincadas em locais onde um cristão foi encontrado morto (principalmente no interior do Brasil), as cruzes simbolizam a fé cristã e a esperança de que o falecido ressuscite e a certeza de que a vida não se acaba com a morte física!  (Revista Mundo e Missão)

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