DEPRESSÃO

(Foto - crédito Celina Missura)

Frente a um acontecimento doloroso, cada pessoa reage de uma maneira diferente. Uns, apesar do sofrimento, superam, outros entram em depressão.

Diante dessa constatação, podemos concluir que a depressão não está no acontecimento em si, mas no tipo de pensamento que a pessoa desenvolve diante da nova realidade: perda de um ente querido, perda de um amor, trabalho, bens materiais, amigo, saúde etc...

Uma certa tristeza pode se instalar, porém é de curta duração e é normal que isso ocorra. No entanto, a depressão aparece como um estado de ânimo onde a pessoa se sente culpada, não se aceita, sente um enorme vazio dentro de si, perde as perspectivas diante do futuro e se sente infeliz.

Passa a não sentir prazer nas suas tarefas diárias, fica desanimada, insegura e se sente inútil. O humor e o cuidado pessoal ficam prejudicados.

O deprimido culpa o fato exterior como causador da sua depressão. Porém, ele precisa buscar dentro de si mesmo as razões do seu estado de espírito. Fazer diariamente uma auto avaliação e verificar qual a frequência dos seus pensamentos negativos, dos seus choros, isolamentos, aborrecimentos.

Uma vez consciente da sua situação precisa reagir e enfrentar a depressão com coragem estabelecendo algumas metas a serem cumpridas, como por exemplo: cumprir tarefas diárias, sair, ler um bom livro, assistir um filme, conviver com familiares, sair com os amigos, afim, superar os pensamentos derrotistas, não se entregando ao desânimo.

Mesmo que os sentimentos negativos persistem, não deixar de cumprir as metas propostas e a cada dia avaliar o progresso alcançado. Esse é um dos passos mais importantes para a superação da depressão: se ocupar, reagir e não se entregar ao estado de ânimo paralisante.

Celina Missura
Psicóloga Clínica